Tudo que é extremamente óbvio fica tão claro que nos cega. Assim é a GESTÃO.
Sem perceber fazemos gestão para quase tudo em nossas vidas. Algumas vezes com qualidade, outras nem tanto. Todas as vezes que temos que agir para gerar um resultado, estamos fazendo gestão. Gosto de conceituar gestão como a ciência do contexto, cujo foco é obter resultados por meio de acompanhamento e controle. Se você não tiver que gerar resultado, não precisa de gestão. Contudo o oposto é totalmente verdadeiro, se tiver que atingir resultado precisa da gestão.
A sutileza da gestão está no seu “como”, e sua grandeza também. Para se chegar aos resultados é preciso acompanhamento e controle. Isso exige que todo GESTOR exerça dois papeis essenciais, distintos, opostos e complementares. No acompanhamento, seu papel é o de líder e no controle, seu papel é o de gerente. Fica evidente que ser gestor requer do profissional as competências de liderança e gerenciamento. O gestor precisa saber diferenciar e identificar qual papel ele está exercendo em cada situação específica, pois a troca muitas vezes gera grandes problemas. Ninguém gosta de ser controlado (gerenciamento), mas gostamos de ser acompanhado (liderança). Perceber essa diferença de papeis no dia a dia, é o que permite ao gestor ser ao mesmo tempo assertivo e empático.
O papel de gerente demanda do gestor o controle da execução das tarefas dentro dos padrões de qualidade estabelecido pela empresa. Portanto, o controle das tarefas (processo) e a qualidade da execução, vem do gerenciamento da rotina do dia a dia. Já a liderança se caracteriza pelo acompanhamento que o gestor dá a cada individuo de sua equipe, apoiando e garantindo o suporte para o desenvolvimento e aprimoramento do liderado.
O gestor quando está no papel de gerente tem seu foco na qualidade e no padrão da execução, ou seja, no passado. Contudo, quando está na função de líder, seu foco é exatamente o oposto, visa a mudança no presente para uma melhor performance no futuro. Essa é a grande sutileza da gestão, aprender com as experiências vividas (gerenciamento) e inovar (liderança) para garantir o futuro e a perpetuidade da organização.
Seu modelo de gestão será validado pela sua capacidade de gerar resultados reais. Gestão é resultado, não esforço.
Fernando Albuquerque
Diretor da FA Soluções em Gestão e fundador da Comunidade Cultura Certa